Sobre
Visão
O Ministério da Educação, Ciência e Inovação, através da Fundação para a Ciência e Tecnologia, implementou o Programa Nacional de Ciência Aberta e Dados Abertos de Investigação (PNCA DAI). Lançou o convite para uma proposta de constituição de um consórcio que servisse de suporte. O desafio foi aceite e foi criado o consórcio Re.Data, composto por cinco organizações, com coordenação da Universidade do Minho, em parceria com a Universidade de Coimbra, e participação do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, Instituto Politécnico de Bragança e Universidade Nova de Lisboa.
O consórcio Re.Data surge no contexto de uma crescente importância na gestão e partilha de dados na investigação e desenvolvimento, e a consequente necessidade de criar serviços e programas de formação que apoiem o ciclo de vida dos dados de investigação, nas diferentes fases de planeamento – documentar, processar e analisar, armazenar, preservar, publicar e reutilizar os dados – estabelecendo-se estas boas práticas como uma prioridade nas instituições científicas em Portugal.
A criação do consórcio Re.Data configura assim um contributo central para assegurar o alinhamento com o desenvolvimento da EOSC, a integração com infraestruturas electrónicas europeias como OpenAIRE, EGI, PRACE, GEANT e EUDAT, numa convergência de ações com as principais infraestruturas do roteiro ESFRI com presença nacional, tais como OPERAS, CESSDA, DARIAH, SHARE, MIRRI, LifeWatch, EPOS, ELIXIR e CLARIN, incluindo a implementação das recomendações e resultados da Research Data Alliance (RDA), abrindo caminho para a implementação de redes nacionais no âmbito de uma Federação Europeia de Ciência Aberta.
Missão
O Projeto Re.Data visa estabelecer e operacionalizar a rede portuguesa de apoio à Gestão de Dados de Investigação (GDI) juntamente com a plataforma de capacitação em GDI, permitindo que uma comunidade de prática em rede opere três centros de competência em políticas, formação e apoio à curadoria de dados e, com o objetivo de desenvolver uma cultura nacional de dados de investigação alinhada com os princípios FAIR para convergir com a EOSC.
Objetivos (O) e resultados (R) esperados:
O1. Fornecer um quadro de referência para as políticas institucionais, a fim de orientar a implementação das estratégias de OS e RDM, promovendo o alinhamento das políticas através do funcionamento de um grupo de interesse especial nacional para as políticas de OS e do envolvimento da liderança.
R1: Quadro de Referência e Diretrizes para as Políticas de OS e RDM.
R2: Toolkit de recursos para a implementação de políticas.
R3: Criação de um grupo nacional de interesse especial e de um quadro de conformidade com as políticas.
O2. Desenvolver um programa de formação profissional para conservadores de dados, gestores de repositórios e administradores de dados e estabelecer o Centro de Capacidades como um espaço comum para a melhoria das competências em matéria de RDM, incluindo a criação e o funcionamento da rede de administradores de dados.
R4: Hub de desenvolvimento de competências como plataforma online com recursos de aprendizagem (guias, MOOC, vídeos) e percursos de aprendizagem.
R5: Quadro de competências para a gestão de dados de investigação e dados FAIR e percursos de aprendizagem.
R6: Programa de desenvolvimento profissional através de workshops e cursos online para curadores de dados, gestores de repositórios e administradores de dados.
R7: Programa de formação de formadores através de um bootcamp de formação de formadores em ciência aberta e de um workshop de formação de instrutores de Data Stewards.
R8: Rede Portuguesa de Data Stewards.
R9: Programa de mentoria e intercâmbio para o EOSC.
O3. Co-desenvolver um conjunto de materiais e serviços de apoio de referência para a curadoria de dados e os dados FAIR, incluindo a proteção de dados, a recolha de boas práticas e de narrativas de casos de utilização, a construção de uma base de conhecimentos assente nas contribuições das redes de centros RDM, bem como a prestação de um serviço de assistência robusto.
R10: Diretrizes para a curadoria de metadados em repositórios de dados de investigação.
R11: Catálogo de referência de serviços e ferramentas sobre planos de gestão, curadoria e publicação de dados.
R12: Conjunto de ferramentas sobre dados sensíveis e proteção de dados e um assistente de seleção de licenças.
R13: Quadro para melhorar a aplicação dos princípios FAIR.
R14: Plataforma de apoio à comunidade e helpdesk com documentação de apoio à integração.
R15: Chatbot baseado em IA para suporte e helpdesk.
O4. Co-desenhar e estabelecer três centros de competência que apoiem a implementação de políticas institucionais, formação e desenvolvimento de competências, curadoria de dados e orientação de apoio à publicação, através de uma forte estratégia de comunicação e ligação, assegurando uma rede de apoio aos centros de RDM.
R16: Centros de competência.
R17: Rede de apoio aos centros de RDM.
R18: Conjunto de ferramentas sobre dados sensíveis e proteção de dados.
O5. Desenvolver um modelo de governação comunitário para a Rede e investigar como pode ser alinhado com o programa nacional da FCT para ciência aberta e dados de investigação abertos.
R19: Manual de Referência Re.Data e modelo de governação da rede.
R20: Relatório sobre a estratégia de sustentabilidade, exploração e ligação.